sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

ARTE RUPESTRE


Arte rupestre, pintura rupestre ou gravura rupestre é a denominação das criações artísticas pré-históricas, normalmente de Eras pré-históricas do Paleolítico Superior 40.000 a.C., mas também daquelas europeias ou pré-colombianas (até 8 mil anos). De todo modo, essas imagens podem ser encontradas por todos os continentes e provavelmente surgiram após o aparecimento objetos artísticos móveis, como utensílios e esculturas em pedra, osso, chifres, etc



A idade exata das imagens ainda é um mistério, haja vista que apenas 5% delas são datadas com precisão. A datação por carbono, o método mais comum, pode levar a erros se a amostra for contaminada; as explicações para essas criações também não são consensuais.

Todavia, afirmam que ao menos à 30 ou 40 mil anos possuímos a capacidade intelectual e artística para criar símbolos e isso permite o conhecimento dos hábitos e da cultura dos povos da antiguidade pelos pesquisadores modernos.

Principais Características

As pinturas rupestres apresentam características singulares como as temáticas, técnicas e materiais empregados.





Algumas Distinções Sobre a Arte Rupestre


Essas expressões (artísticas ou religiosas) dividem-se em gravuras, ou seja, aquelas que são gravadas em baixo relevo nas rochas, e pinturas, gravadas na superfície lisa da rocha. Ademais, é preciso distinguir a “arte rupestre” da “arte parietal”, uma vez que a rupestre se encontra ao ar livre e a parietal no interior das grutas e das cavernas.


Em comum, elas possuem a técnica empregada (gravura ou pintura) e a temática, a qual está relacionada, via de regra, com a caça e o cotidiano, apresentando, algumas vezes, motivos abstratos; por outro lado, existe a hipótese dessas imagens possuírem cunho ritualístico ou mágico, no qual pintar seria um “rito propiciatório” para garantir o êxito do caçador.

Materiais Utilizados na Pintura Rupestre

Os pigmentos utilizados são materiais facilmente encontrados na natureza, como argilas e minerais ou carvão triturados, misturados aos aglutinantes para dar viscosidade e fixar o pigmento; para esse fim, se utilizava clara de ovo, sangue, excrementos (principalmente de morcegos), gordura animal, bem como ceras e resinas vegetais

Técnicas e Temáticas da Arte Rupestre


A técnica utilizada para realizar essas expressões, vão desde simples linhas abstratas e representativas, até a elaborada técnica claro-escuro e pinturas policrômicas. De modo geral, retratam animais, sobretudo bisões, cavalos, cervos, mas também é possível encontrar imagens do cotidiano, com cenas de caça, dança, luta e sexo. Algumas vezes mãos humanas e motivos abstratos, como espirais e linhas podem ser encontrados.

Arte Rupestre no Brasil e no Mundo

As pinturas da caverna de Altamira, na Espanha, foram as primeiras a serem apresentadas ao mundo oficialmente cerca de 150 anos atrás. Após esta, outras surgiram em todo o globo; porém, as mais preservadas e estudadas localizam-se na França e no norte da Espanha, em Portugal, na Itália, na Alemanha, nos Balcãs, no norte mediterrâneo da África, na Austrália e na Sibéria.

Pinturas Rupestres Parietais no Brasil

Locais no Brasil onde foram encontradas algumas pinturas rupestres:
  • Parque Nacional da Serra da Capivara em São Raimundo Nonato (Piauí)
  • Parque Nacional Sete Cidades (Piauí)
  • Cariris Velhos (Paraíba)
  • Lagoa Santa (Minas Gerais)
  • Rondonópolis (Mato Grosso)
  • Peruaçu (Minas Gerais)

Pinturas Rupestres ou Parietais na Europa

Algumas pinturas rupestres encontradas no continente europeu:
  • Caverna de Les Trois-Frères, França (pinturas rupestres do Paleolítico Superior)
  • Complexo de Cavernas de Lascaux, França (uma das mais conhecidas do mundo e Patrimônio Mundial da UNESCO)
  • Caverna de Altamira, Santander, Espanha (arte rupestre do período Paleolítico Superior)
  • Arte Rupestre do Vale Camonica, Itália (pinturas feitas na Idade do Ferro)
Curiosidade
Na pintura rupestre, alguns desenhos sugerem que os povos primitivos possuíam conhecimentos de astronomia.

Tintas Ecológicas
As tintas convencionais contêm toxinas e componentes tidos como cancerígenos, os COVs (Compostos orgânicos voláteis), além de emitirem gases nocivos para a atmosfera até alguns meses depois da sua aplicação. As tintas ecológicas são aquelas que não apresentam estes problemas, funcionando como alternativa às tintas comuns.

Elas podem ser industrializadas ou naturais, mas não é qualquer tinta à base d’água que pode ser considerada ecológica, por isso é importante não confundir. Para ter esse apelo realmente elas precisam ser livres destes componentes nocivos. São normalmente as linhas de marcas conhecidas que possuem a indicação de serem ecológicas já no nome ou na embalagem, e que são encontradas com facilidade nas lojas de tinta.

As alternativas mais naturais são a tinta de terra e a tinta de cal, que podem ser adquiridas prontas ou feitas em casa, e que, além de não possuírem materiais perigosos em sua composição, ainda contribuem para reduzir o impacto ambiental pelo processo artesanal de fabricação.

As tintas de terra têm como principal vantagem o fato de deixarem a parede “respirar”, já que não formam uma camada impermeável como as tintas comuns. Quando adquiridas prontas, são compostas por uma mistura de pigmentos minerais extraídos de jazidas certificadas e emulsão aquosa . Podem ser usadas em paredes internas e externas, com acabamento liso ou texturizado, e têm cores variadas de acordo com a tonalidade da pigmentação utilizada, passando pelo branco, cinza, creme alaranjado, entre outras. Quando feitas em casa, as tintas adquirem a cor da terra utilizada.




Já as tintas de cal, feitas com cal e pigmentos naturais, são ideias para aplicação em superfícies porosas, internas ou externas, que não tenham sido pintadas anteriormente. Ambas podem ser descartadas juntamente com o lixo orgânico, diferentemente das tintas convencionais.

As tintas naturais possuem prazo de validade menor do que as industrializadas, pois não têm produtos químicos para conservação, e também demoram mais para secar. Por outro lado, o meio ambiente e sua saúde agradecem.


Dê uma olhada na "receita" de como fazer tinta de terra:
Ingredientes
  • Uma lata vazia de tinta de 3,6 litros;
  • Terra argilosa (seis a oito quilos);
  • Água (dez litros);
  • Um quilo de cola branca;
  • Pigmentos como açafrão, urucum, areia ou as diversas tonalidades do próprio solo podem ser usadas para obter a cor desejada.

Observação: não utilizar terra de formigueiro ou cupim (confira o vídeo para mais informações).

Modo de preparo

Misture a terra e a água, passe a mistura numa peneira fina, acrescente a cola e misture novamente. Após fazer isso, adicione a cor com a mistura de pigmentos escolhidos.

Se você quiser obter uma tinta mais fina, passe a mistura por uma peneira por mais de uma vez. Se quiser uma tinta grossa, a peneira não é necessária.


Além de todas as vantagens ambientais, esse tipo de tinta é cerca de 70% mais barata que as tintas convencionais. Uma lata de tinta cobre de 70 a 90 metros quadrados.

Comece tentando pintar pequenas áreas. Se der certo, faça um projeto mais ousado!

Assista ao vídeo mais detalhado que o site Manual do Mundo fez recentemente, usando a mesma técnica e explicando bem como preparar a tinta e aplicar.

Links:
https://www.todamateria.com.br/arte-rupestre/
https://www.ecycle.com.br/component/content/article/42-eco-design/1047-aprenda-a-fazer-tinta-a-base-de-terra.html
http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2016/02/gruta-com-pinturas-rupestres-atrai-grupo-de-espeleologia-em-analandia.html









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